O Roubo Eterno e a Ordenação do Caos

Trabalho de conclusão de curso para o grau de acadêmico na Universidade de Valmonte, Faculdade Divina. 

Orientação por Revelon Molavio, Reitor, orientador e amigo.

Agradeço a meus pais pela vida e apoio quando meus vizinhos me olhavam com estranheza, ao xerife Piligrim Cordazul pelo apoio financeiro aos estudos pelos quais serei eternamente grato, e as nossas protetoras as Três Irmãs, que velam por nós que estávamos aqui antes de todos.

Brandon Fleivor.

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No início, metafisicamente, e não no tempo espaço, havia, e ainda há, o grande vazio pleno de potencial, de onde tudo vem e para onde tudo vai, ao mesmo tempo em que tudo o que existe, existe Nele.

(o início de tudo)

Seu pleno potencial fazia surgir em si mesmo como plano de fundo uma série de impulsos mais ou menos distinguíveis, e esses impulsos possuíam certas características que nós conhecemos como as cartas da teoria do embaralhamento dos planos. Porém, usando o modelo de universo baralho, não havia ainda os planos / cartas do J, Q e K, ou seja, os planos exteriores da Ordem e do Caos. Tanto o que conhecemos como Caos e Ordem puros, surgiran apenas muito tempo depois, apenas depois do Grande Roubo. Antes disso um conflito ontológico ocorria, paradoxalmente de modo harmonioso mas fora do mundo material, que era exclusivamente caótico.

(a caótica luta cósmica entre ordem e caos sem a ação da neutralidade, antes da ordenação nas esferas)

Orcus, um impulso cego de caos, e talvez a própria personificação dele, criou o mundo material, resultado da confluência e mistura em diferentes proporções de planos elementais e energéticos, e nele se deleitava. A pouca quantidade de energia da vida só existia na exata medida necessária para a maximização da morte e da destruição.

Artheus, vendo o grande potencial deste mundo até então maldito, mas não tendo acesso a ele, e querendo de todo modo ordená-lo de modo a salvar quem lá vivia, arquitetou um plano com Demogorgon. Roubou o plano material de Orcus, ordenando-o e fazendo surgir também os planos exteriores da neutralidade, habitado por seus aliados, Theldir e Liena, junto com quem daria vida e estrutura, visando mostrar a verdade da salvação para seus habitantes. A neutralidade fazia seu papel. O cosmo começava a se ordenar e a se equilibrar.

Theldir e Liena são a manifestação da neutralidade que busca equilibrar os planos. Foi pelo impulso de equilibrar a incidência do caos no plano material que os levou a ajudar Artheus a realizar o Grande Roubo, e equilibrando o cosmos com a criação dos planos exteriores da ordem e da neutralidade.


(representação de Theldir e Liena na faculdade de Valmonte, representando o trabalho dos dois no equilíbrio do mundo. Repare pelas representações de trabalhos disformes que a obra representa o trabalho ainda em fase de execução)

Artheus então firmou-se no centro das esferas exteriores da ordem e da neutralidade, não podendo mais andar no plano material, ocupado de sua nova incumbência.

Orcus, depois de ter sua criação roubada permaneceu no plano exterior do caos, onde mantém seu trono e emana energia e ordem para seus subordinados, pois deixa-lo se provou muito arriscado.

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