História e Origem dos Anões

ANOTAÇÕES CONFIDENCIAIS DA FACULDADE DE VALMONTE.

Dentre minhas viagens e conversas, investigações e elucubrações, confrontamento de hipóteses com fatos e destes com devaneios da imaginação, sempre me instigou a origem das raças de Valansia. 

Apresento ao leitor erudito que chegou até aqui mais um elemento de erudição fruto de minha sanha por conhecimento.

Neste elementos busco tratar das origens das raças amigas de Valansia, que apresenta origens muito mais exóticas do que comumente acredita-se.

Brandon Fleivor, sob serviço de Theldir e à glória de Artheus, autor do Roubo Eterno.

HISTÓRIA E ORIGEM DOS ANÕES

Aqui, prezado leitor, apresento outra constatação que explica, como já feito, por que os anões são tão próximos dos humanos como os elfos são. Como é possível que raças diferentes vivam tão bem enquanto sociedades diferentes, com uma longa história em comum, desde Vethusia. Os anões que conhecemos são, também, descendentes de humanos com uma raça original, como também o são os elfos.

Meu interlocutor, um amigo a quem salvei a vida numa de várias circunstâncias que Valansia nos impõe, ofereceu-me uma presente que eu podia escolher. Depois de meditar sobre isso uns dias percebi que nada havia de mais valioso do que entender a origem dos anões como presente. Esse anão, influente em sua sociedade, tomou a liberdade e, com autorização, revelou-me os segredos de sua raça, como seu maior presente.


A raça original, que por não conhecer o nome chamarei de protoanões que nasceram do encontro da lava da montanha com o ar em uma cadeia de montanhas, que era o que era aquele mundo. O céu daquele mundo era brilhante de tons de laranja, amarelo e vermelho, e tornava-se mais escuro quanto mais próximo do horizonte e dos picos das montanhas.  A aparência dos protoanões era como conhecemos, porém com a pele cor de terra, em todos os tons que a terra pode ter, e cabelos cor de fogo, brasa e cinza em todos os tons que isso pode conter.
Em suas veias correria agora mineral e lama, e seus ossos eram de minerais brilhantes. Seu hálito tinha o ar que permeia o subterrâneo e seu suor vertia como água da pedra.


A razão de sua existência era a construção: salões abaixo das montanhas, cidades acima delas, torres em seus picos e tapeçarias e utensílios de toda ordem. Extrair material das montanhas e do subterrâneo, moldando-os e os ordenando.

Quando sua terra estava já suficientemente moldada, iniciaram eles escavações mais profundas, ainda mais profundas do que as que já tinham, e ao longo dessas escavações perceberam que a noção de cima e baixo, de teto e piso invertiam-se e alteravam-se. Uma estrada abaixo da montanha podia, quando olhada, serpentear para cima e para baixo, deixando seus caminhantes de cabeça para baixo e caminhando não de pé, mas perpendicular ao chão de modo que não fazia sentido nenhum construí-las daquele jeito se tivermos em mente a noção de que a gravidade sempre puxa para a mesma direção.


Essas estradas serpenteavam sem fim, e muitas vilas foram construídas onde as escavações davam para um grande vácuo espacial embaixo da terra. A esta altura, tão grande era o complexo que poder-se-ia dizer era a maior parte do mundo dos protanões.

 Por essas escavações e empreitadas, um dia, ao quebrar uma parede, revelou-se um imenso céu azul, cores desconhecidas dos anões que ficaram boquiabertos com a cor e a luz. A luz era branca e amarela, e a superfície da qual ela emanava  e aparececia invadindo seu túnel era um imenso claro e luminoso azul, salpicado por pontos brancos e encimado por uma fonte de luz e calor amarela, que preenchia um espaço jamais imaginado pelos protoanões.

Assim saíram os protoanões, das montanhas, e travaram contato com os homens de Vethusia. A relação entre os protoanões e homens deu origem ao que chamamos de anões.

CONCLUSÃO

À eras atrás os ascendentes dos homens, Protelfos e Protanões, deram origem aos elfos e anões que conhecemos. Dentro dos meus estudos nada sei mais deles e apenas esses relatos dessas terras distantes é o que tenho para apresentar. Um campo de conhecimento aberto a ser desbravado, ou escondito, restrito às altas castas dos elfos e anões.

Anões

O arranjo social anão se consolidou com os anciãos matriarcas e patriarcas das primeiras famílias, que receberam cada um do primeiro casal, como dádiva das estrelas, as ciências e ofícios de seu povo. O primeiro casal de Anões conhecia cada um, um tipo de conhecimento: o macho a alquimia, e a fêmea, a astrologia, e dessas ciências derivaram-se todas as outras.

Da alquimia do Patriarca derivaram todos os ofícios da terra, como tanoagem, forja, armoaria, pedraria, mineração e etc.

Da astrologia da Matriarca derivaram todos os conhecimentos do céu, como matemática, química, runas, simbologia e etc.


Dos casamentos de seus filhos esses ofícios foram colocados em prática, e cada família ocupava-se de um ofício, como desmembramentos dos dois conhecimentos anciãos da terra e o céu. 

As famílias anãs são 80% compostas por pessoas da mesma profissão e dentro dessas famílias as inovações surgem pelo aperfeiçoamento de fazer cada vez melhor seu ofício, característica da raça. Da mesma forma que um anão dificilmente escolhe uma profissão distinta de seus pais, dificilmente eles se casam com alguém de outra profissão. Casar com alguém de outra profissão é como, para os humanos, casar com alguém de outro reino, vila ou país. Como a profissão rege o dia a dia dos anões, casar com alguém de outra profissão exige uma flexibilidade que poucos anões estão dispostos. 

Pela sua dedicação ao trabalho e personalidade obsessiva são naturalmente monogâmicos, sendo a quebra da conduta monogâmica um crime contra a própria raça. A harmonia geral deles é mantida fortemente pela obsessão em cumprir seu papel na comunidade assim como fizeram seus pais, e os pais e avôs de seus pais. O papel profissional e familiar para com a raça.

O não comum casamento entre famílias de profissões diferentes geralmente é feita por acordos entre as duas famílias, antes da aceitação dos cônjuges, e leva em conta os interesses de ambas as famílias para equilibrar quando há alguma disparidade entre machos e fêmeas, ou econômica, e formalizado por uma cerimônia real, com decreto do rei.

Os mais velhos têm mais voz nas famílias, havendo famílias regidas por matriarcas e patriarcas, sempre o mais velho casal ou viúvo.

Enquanto outras raças podem acionar 1 quarto da população para compor um exército em épocas de guerra, nos anões essa proporção sobe para metade. Em situações extremas não se sabe até onde pode chegar.

O caso dos anões aventureiros ocorre quando, ao nascer, ao ser celebrado o ritual de apresentação na nova criança ao clã, a criança é lavado com terra, e passado de maneira simbólica pelo fogo este aumentar subitamente. Este é um sinal que as forças da terra e do fogo são fortes nesse anão, ele provavelmente vai querer conhecer o mundo fora da montanha, aventurando-se por aí. 




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